Roger Sanguino

Roger Sanguino Roger Sanguino nasceu na Venezuela em 1968. Em Caracas inicia a sua formação no campo das artes plásticas, passando pelo Instituto de Arte "Federico Brandt", e pela Escola de Oficina "Arte & Fuego", entre os anos 1990-1996. Desde então, começou a participar em concursos oficiais regionais e nacionais em toda a Venezuela. No seu início, o desenho e a pintura foram as disciplinas em que empreendeu a sua busca pessoal, explorando o tema da diversidade biológica das espécies animais, que também desenvolveu no campo do vidro fundido. Em 2003 Roger Sanguino empreendeu uma viagem a Barcelona, Espanha, onde realizou estudos formais na Escola Massana em Barcelona: o Ciclo de Formação Superior em Pintura (2003-2006), e mais tarde o Ciclo de Formação Superior em Escultura (2011-2014). Ao mesmo tempo que realiza os seus estudos, participa em diferentes confrontos artísticos, tais como concursos, bienais e feiras de arte em Espanha e no estrangeiro. O seu contacto com Barcelona despertou o seu interesse por outros assuntos que não o simbolismo animal. O tema do retrato aparece na sua pintura, que desenvolve através de uma insistente elaboração de retratos de memória, com os quais molda composições sob a forma de mosaicos. Posteriormente, os seus retratos são despojados dos fundos de onde emergem. A pessoa retratada evidencia formalmente um certo carácter volumétrico. Foi então que sentiu a inquietação ou a necessidade de esses personagens saltarem para três dimensões. Os seus estudos de escultura forneceram-lhe a informação teórica e técnica para começar a construir um discurso escultórico, trabalho que continua a desenvolver até hoje. Com o Corpo como âncora, o seu trabalho mais recente faz parte de uma investigação que gira em torno do ser humano, na qual explora temas como a mente, a linguagem corporal, o particular e o universal, a relação com o outro, o tempo, o retrato; conceitos que juntamente com aspectos formais como a importância do desenho, que molda a estrutura da sua obra, actuando no interior da forma e no exterior, através da intervenção de cordas de piano, fios, varas e redes de aço. É um desenho tridimensional que atravessa o espaço, incorporando o vazio na obra, um desenho leve que dialoga com o volume atravessando-o, ou envolvendo-o, estabelecendo limites, espaços e gerando estruturas como uma grelha.